
Os aviões estão chegando:
Exposição “íguias Indomáveis” – Shopping Cidade das flores.
De 13 a 19 de novembro estará acontecendo, no Shopping Cidade das Flores, a
exposição “íguias Indomáveis”, dos quadros de aviation art de Otto Amaral. São
trinta e seis trabalhos em acrílico sobre tela, representando aviões de combate da
Segunda Guerra Mundial. As pinturas, produzidas com elevado rigor técnico e
histórico, mostram aeronaves que realmente existiram, nos cenários em que
combateram. Cada quadro traz a identificação da aeronave, seu piloto e um
pouco de sua história. O horário de visita, durante o expediente do shopping, é de
10 às 22 horas, exceto no domingo, que é de 13 às 19 horas.
A sala de exposição faz frente para ambos os corredores das entradas pela Rua
Mario Lobo.
O evento apresentará também, agora no Brasil, copias dos quadros em tecido,
chamadas giclée, feitas por meios eletrônicos. í‰ a democratização da arte
acontecendo.
Na mostra será ainda feito o lançamento do livro “íguias Indomáveis”, de
autoria de Otto Amaral, que aborda fatos curiosos e novidades sobre cada uma
das aeronaves constantes da exposição.
A exposição íguias Indomáveis é uma manifestação cultural rara, senão única
no Brasil e a oportunidade de conhecê-la deve ser aproveitada. Sem a
colaboração do Shopping Cidade das Flores essa mostra seria impossível.
A Aviation Art
Não existe, em português, uma tradução para Aviation Art que represente, com
amplitude e abrangência, o que a expressão em inglês transmite. Resta, por ser
mais abrangente e sucinta, o uso da expressão em inglês, hoje de uso corrente em todo
o mundo.
A expressão é a designação mundialmente consagrada para a atividade de
pintura de aeronaves, segundo algumas normas seguidas pela maioria dos
artistas da categoria. Esta é uma das mais novas vertentes artísticas — o próprio
avião, seu motivo de existência e objeto de atenção, é de invenção recente. Ela
nasceu no final dos anos 30 e começo dos 40 do século passado e, desde seu
início, primou pela representação de aeronaves de forma muito fiel í realidade,
nos menores detalhes.
Há uma acentuada preocupação dos artistas com a pesquisa histórica e a
exatidão técnica sobre as aeronaves que pintam e os cenários, épocas e
situações nos quais atuaram ou atuam.
A maioria dos pintores da aviation art são pilotos ou estão ligados de outras
maneiras í aviação. Isso explica, não só o elevado grau de detalhamento das
figuras, mas também a demanda por essa mesma precisão. Esse rigor faz com
que as obras da aviation art sejam instrumentos relevantes para a manutenção da
história e da memória aeronáuticas.
Das normas não escritas da atividade (mas seguidas pela maioria dos que a
praticam), faz parte a exigência de que as cenas pintadas não reproduzam
ilustrações existentes — elas devem ser criações dos autores dos trabalhos e
frutos de seus estudos e pesquisas.
A aviation art existe hoje em praticamente todos os países. Ela é mais difundida
nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e em vários outros países da Europa. No
Brasil temos também bons aviation artists, faltando, porém, maior divulgação e
incentivos í atividade. Nos Estados Unidos, é hoje a modalidade de arte que mais
movimento financeiro apresenta, principalmente através da venda de reproduções
eletrônicas dos quadros, os giclées.
As obras em exposição
São trinta e seis quadros, do acervo do autor, em acrílico sobre tela, mostrando
aviões da Segunda Guerra Mundial. Os tipos mostrados foram escolhidos
segundo vários critérios: aeronaves mais famosas, com peculiaridades
interessantes, envolvidas em episódios marcantes ou pilotadas pelos ases mais
famosos. Conheceremos paranaenses de Curitiba e o catarinense de São Bento
que combateram na Europa e foram ases, tanto das forças alemís, quanto das
Aliadas. Veremos os aviões pilotados por Saint Exupéry, autor do livro Pequeno
Príncipe e outros. Saint Exupéry despareceu em combate sobre a Itália, no fim da
2ª. Guerra. Ele também voou no Brasil e foi figura conhecida em Florianópolis.
Cada aeronave está identificada por pequenos cartazes afixados nos quadros.
O autor
Otto Amaral sempre esteve ligado í aviação havendo, dentre outras atividades,
sido executivo de marketing de empresa de turbinas para jatos, nos Estados
Unidos e empresário fabricante de aeronaves de acrobacia de competição, em
Araras, São Paulo. Foi durante os anos que residiu nos Estados Unidos que
retornou aos pincéis, depois de mais de 30 anos longe deles. Ali, esteve filiado í
ASAA — American Society of Aviation Artists e í CAAA — Canadian Association of
Aviation Artists, sendo convidado para apresentar seus trabalhos para seleção
para algumas das mais importantes mostras internacionais da aviation art. Otto é
pintor autodidata e reside em Joinville.